Delegada esposa de homem que matou gari em BH tem licença médica renovada
O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza ...

O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes Reprodução A delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais, recebeu uma nova licença médica e seguirá afastada do cargo até meados de dezembro. Ela é esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, empresário que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes após se irritar no trânsito, em Belo Horizonte (entenda o caso abaixo). O novo afastamento foi confirmado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (13). A delegada já estava fora das funções desde 13 de agosto, dois dias após o crime, e teve a licença prorrogada por mais 60 dias após passar por nova perícia médica. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Em nota, a defesa dela afirmou que "a licença é legal e foi concedida por um servidor público". De acordo com o Portal da Transparência, mesmo sem exercer a função, Ana Paula Lamego Balbino recebeu R$ 15,7 mil líquidos no primeiro mês de afastamento. Se a média se mantiver, o valor pode chegar a R$ 93 mil brutos em quatro meses, além do 13º salário. 'Morreu fazendo o que gostava': quem era o gari assassinado a tiros em BH Ana Paula é investigada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e responde a um processo administrativo disciplinar. Ela foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e por prevaricação, já que a arma usada no crime pertence a ela. A instituição não divulgou detalhes sobre o estado de saúde da delegada. Entenda o caso O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi morto a tiros na manhã de 11 de agosto, enquanto trabalhava na coleta de lixo no bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte. O autor do disparo foi o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, que se irritou ao encontrar o caminhão de lixo parado na rua e exigiu passagem com seu carro elétrico. Após ameaçar a motorista do caminhão, Renê desceu do veículo e atirou contra os garis, atingindo Laudemir. Ele foi preso horas depois em uma academia e, inicialmente, negou o crime. Dias depois, confessou o assassinato em depoimento à Polícia Civil. Renê foi indiciado e deve responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado após julgamento, a pena pode chegar a 35 anos de prisão. A arma usada no crime pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê. Segundo a polícia, ela sabia que o marido usava o armamento dela. Ana Paula foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e por prevaricação. LEIA TAMBÉM: Veja linha do tempo do caso Confissão de empresário pode diminuir eventual pena? Laudo aponta que arma usada por empresário era de delegada Cristão, patriota e marido de delegada: quem é o empresário suspeito de atirar e matar gari durante coleta de lixo Confira os vídeos mais vistos no g1 Minas: